Você já se perguntou por que o céu é azul? Ou como o arco-íris se forma? Ou quem sabe você já ouviu milhões de vezes sobre a importância da camada de ozônio, ou sobre o efeito estufa e aquecimento global, mas ainda não conseguiu entender o por quê dessas coisas. Hoje começaremos uma série que abordará conceitos interdisciplinares que abrangem física, geografia, meteorologia, climatologia, atualidades e muito mais!
Para começar nossa conversa, vamos analisar a nossa principal fonte de luz e energia: o Sol. A vida no planeta Terra só é possível em virtude da energia que chega até aqui na forma de radiação eletromagnética. Por "radiação eletromagnética" entende-se o conjunto de ondas caracterizadas pelas oscilações dos campos elétrico e magnético, e que se propagam à velocidade da luz (aproximadamente 3x 10^8 m/s, ou seja, 300.000.000 m/s no vácuo). Essas ondas carregam energia inversamente proporcional ao comprimento de onda (veja figura abaixo). Uma onda mais curta possui frequência de oscilação maior e, também, mais energia.
Como é que podemos entender melhor como se dá essa função da energia de uma onda eletromagnética com seu comprimento? Veja a figura abaixo:
Na parte superior da imagem, estão ilustrados os comprimentos de onda (sem escala precisa, só para fins de exemplo) das faixas do espectro: raios gama, raios x, raios ultravioleta, etc. Toda essas faixas à esquerda da luz visível possuem pequenos comprimentos de onda, mas elevados níveis de energia. Sabemos, por exemplo, que exposição contínua aos raios X ou à radiação ultravioleta é danosa à nossa saúde, pois sua alta energia é capaz de danificar as estruturas do DNA. Por outro lado, estamos continuamente expostos às ondas de rádio, à luz visível, etc sem preocupações. Isso porque, de forma geral, essas faixas do espectro são mais seguras.
Agora, vejamos como é que ficam as intensidades de radiação eletromagnética emitida pelo Sol em toda essa faixa:
A curva superior dessa figura mostra que, apesar de o Sol emitir radiação em várias frequências, seu pico máximo de emissão está na faixa que chamamos de "visível" - que compreende as cores que enxergamos!
E aí, gostou? Ficou com alguma dúvida, ou tem alguma sugestão? Deixe nos comentários, e não perca as próximas postagens, nas quais trataremos sobre o que acontece com a radiação solar ao atravessar a atmosfera em direção à superfície terrestre, e discutiremos por que o céu é azul e o pôr-do-Sol é avermelhado, como é formado o arco-íris e qual é a importância da camada de ozônio. Até breve!
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