Olá pessoal tudo bem? Espero que estejam bem!
Se existe um tema de conhecimento desejado entre os alunos de música, com todas as letras posso dizer que é o tal do campo harmônico.
Várias e várias vezes já me deparei com pessoas buscando aula apenas para entender o que é isso? para que serve? Onde mora (risos)...
A final de contas com um nome desses deve ser um tema muito completo que poderá resolver todos os problemas com relação ao improviso e tocar bem, além do mais vários professores ligam esse tema ao fato que: ao saber o Campo Harmônico (CH), você conseguirá tocar de ouvido perfeitamente. Como se esse tema fosse um passo de mágica. Bom, definitivamente o CH não é mágica, e sim conhecê-lo irá facilitar muito o processo para vários outros temas. Mas antes de explicar para você o que é, vou já desmistificar algumas coisas que vemos por ai.
1 – CH não é algo completo, pelo contrário é algo bem simples e por ser simples o ser humano precisa criar mitos para poder valorizar.
2 – Ele não irá resolver os todos os problemas seja harmônico e de improviso. Entende-lo é apenas o primeiro passo para coisas maiores.
3 – Aprender o campo harmônico não garante que você consiguirá tocar uma música de ouvido, até por que para tocar musicas de ouvido é necessário vários outros fatores como, conhecimento de repertório, desenvolvimento da percepção auditiva, conhecimento dos padrões harmônicos, clichês harmônicos, entre outras coisas que poderia ficar falando aqui por um bom tempo.
Vamos lá então que eu sei que vocês estão ansiosos... O que é o Campo Harmônico? O CH é nada mais do que a escala maior harmonizada, ou seja, quando transformamos as notas da escala em acordes. Veja no exemplo abaixo temos a escala maior de Dó.
Agora vamos encontrar a terça da primeira nota (Dó) e encontramos a nota (mi). Vamos preencher a escala com todas as notas a partir do mi.
Agora vamos encontrar seguindo a escala vamos encontrar a terça da nota (mi), com isso encontramos a nota (Sol) podemos identificar essa nota como a 5 justa ao compara-la com a nota (dó). Vamos preencher a escala de dó a partir do Sol.
Ao analisar esse bloco de notas encontramos os acordes no tipo tríades (acordes de 3 notas com sobreposição de terças).
Esses acordes do CH nos geram um padrão singular onde o I, IV e V grau são acordes maiores. O II, III e VI grau são menores e o VII grau é menor com quinta diminuta (diminuto).
Agora se quisermos podemos entrar no âmbito das tétrades (acordes formados por 4 notas em sobreposição de terças. Para isso vamos encontrar a terça após a nota (sol), no caso será a nota (Si) e como fizemos até agora vamos preencher com a escala de Dó começando pela nota (Si).
Ao compararmos essa nota adicionada ao acorde com a raiz do acorde (dó) temos um intervalo de 7. Todas as tétrades vão apresentar uma sétima, sendo ela maior ou menor dependendo do grau do campo. Aqui a classificação dos acordes muda um pouquinho teremos a seguinte classificação: X7M (I e IV grau do CH): Acordes Maiores com a sétima Maior.
X7 (V grau do CH): Acordes Maiores com a sétima Menor
Xm7 (II, III e VI grau do CH): Acordes menores com a sétima menor
Xm7(b5) (VII grau do CH): Acordes meio diminutos ou acordes menores com a sétima menor e a quinta diminuta.
Agora que entendemos como montar o CH, é importante saber passa-lo para todos as tonalidades. Para isso, sugiro que treine bastante as escalas maiores, visto que a estrutura do acorde não irá mudar apenas a nota raiz em questão. Ou seja para facilitar a troca de tom você pode decorar a estrutura como o CH é formado: XM7 – Iim7 – IIIm7 – IVM7 – V7 – Vim7 – VIIm7(b5) Vou encerrar por aqui, mas logo mais vou postar mais informações sobre o CH. Se você gostou deixa seu gostei ou perguntas nos nossos comentários. Deixe também sua contribuição para maiores informações.
Até a próxima...
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